Modalidades de Atendimento
Fogo Sagrado (FSAE) - ThetaHealing® - Pintura da Alma - Reiki Usui - Ayurveda - Meditação - Atenção para o Fim da Vida - - Alimentação Viva
"Aqueles que tiveram a força e o amor para ficar ao lado de um paciente moribundo com o silêncio que vai além das palavras saberão que tal momento não é assustador nem doloroso, mas um cessar em paz do funcionamento do corpo. Observar a morte em paz de um ser humano faz-nos lembrar uma estrela cadente. E uma entre milhões de luzes do céu imenso, que cintila ainda por um breve momento para desaparecer para sempre na noite sem fim. Ser terapeuta de um paciente que agoniza é conscientizar-se da singularidade de cada indivíduo neste oceano imenso da humanidade. E uma tomada de consciência de nossa finitude, de nosso limitado período de vida. 'Poucos dentre nós vivem além dos setenta anos; ainda assim, nesse curto espaço de tempo, muitos dentre nós criam e vivem uma biografia única e nós mesmos tecemos a trama da história humana."
(ELISABETH KUBLER-ROSS)
Elisabeth Kubler-Ross foi uma médica suíça que dedicou sua vida ao o que os doentes terminais têm para ensinar a médicos, enfermeiras, religiosos e a sua família. Fez um trabalho profundo, desmistificador e – deveras transformador sobre o fim da vida /a passagem/nossa ida/a morte. Na minha opinião, a maior estudiosa no assunto do ocidente.
Conheci seu trabalho, após o falecimento súbito de minha mãe e, fiquei profundamente tocada com a sua obra. Me auxiliou e, me “abriu” para o estudo nesta área e, em outras áreas interligadas. Estudar sobre a morte – é estudar sobre a preciosidade e extensão da vida. Fui então procurar se havia alguma representação, algum “capítulo’ como eles denominam o trabalho da Fundação Kubler Ross no Brasil (mas já disposta a ir para o exterior se necessário); e me deparei com uma sede, em São Paulo. Na realização do curso, pude dimensionar a importância de trabalho tão valoroso e, tão desconhecido para a maioria da população.
Apresento aqui um breve resumo do estudo e, particularidades sobre este trabalho:
"A morte e o processo de morrer ainda constituem um assunto tabu na sociedade ocidental contemporânea. Ainda assistimos à negação da própria finitude, atitude que acaba por se repercutir na diminuição da atenção e do cuidado aos que se encontram na fase final da vida. Neste âmbito, a psiquiatra de origem suíça Elisabeth Kübler-Ross, desperta-nos de um modo veemente para a necessidade de educarmos para a morte, contra o tabu social instituído que marca a prática da sociedade em geral e dos profissionais de saúde em particular, nos cuidados ao doente em fase terminal. Particularmente interessante é o trabalho que Kübler-Ross desenvolveu junto aos pacientes nos seminários On Death and Dying, que lhe permitiu identificar um conjunto de reações emocionais, pelas quais passa o doente em fase terminal. Simultaneamente, o trabalho com crianças em fase terminal, os workshops que realizou, as inúmeras palestras que proferiu e, ainda, o seu trabalho com doentes com SIDA que se encontravam em fases terminais, constituíram as ferramentas que contribuíram para uma desocultação da morte e uma maior sensibilização e humanização dos cuidados a prestar à pessoa no fim da vida. Ela demonstrou que morte, ao invés de se tornar um acontecimento terrível, pode ser perspectivada como uma grande oportunidade de relação e humanização - se acompanharmos até ao fim os que estão a morrer. Portanto, é veemente a necessidade de incluirmos a temática da morte no discurso social e, mais concretamente, nas práticas educativas. Só desta forma nos tornaremos capazes de encarar a morte com mais naturalidade e serenidade, contribuindo assim para que esta etapa final da vida possa ser vivenciada de uma forma menos penosa para todos.
O escamoteamento da morte na vida social, o lugar escondido que lhe está reservado, conduziu à situação atual de a pessoa não conseguir lidar de uma forma “natural” com o fim da vida: Esconder o sofrimento, o morrer e a morte não é algo saudável para uma sociedade. [...] Dificilmente uma sociedade que ostraciza a ideia da morte aprende a cuidar e respeitar a suas pessoas idosas ou a entender e respeitar a dor do luto sentida por alguém que perdeu uma pessoa amiga ou familiar (Santos, 2003: 26). Kübler-Ross lutou com veemência contra este problema social, e ao longo da sua obra, encontra-se bem patente o alerta para uma maior consciencialização social da morte.
Se rompermos com essa “conspiração” de silencio em redor da morte e, nos imbuirmos do intuito de nos auxiliarmos, será mais fácil, ou pelo menos, menos penoso, lidar com muitos dos problemas que as pessoas apresentam quando perdem alguém ou, são vítimas de doença mortal, sendo encarados como fazendo parte integrante da vida. "
A ideia fundamental é, de nos tornarmos empáticos e nos aproximarmos – tanto das famílias enlutadas quanto dos que estão no fim da vida – ao invés de fugirmos – como faz a nossa sociedade atualmente.
Ora – se alguém ainda não teve proximidade com o fim da vida – vai ter. Se não for com as pessoas que ama – com a sua própria ‘partida’ – então, porquê não olhar de frente essa própria realidade, para assim, torná-la mais aceitável, mais suportável ?!
A obra de Ross nos ensina a não nos deixarmos vencer pelo medo da morte, qualquer que seja a forma de que ela se revista, muito menos, abandonarmos quem está a morrer. Ademais, sua obra criou condições para que os problemas existentes no campo tanatológico, bem como a desumanização destes cuidados, viesse à tona.
Assim, a proposta deste meu trabalho é, o acompanhamento, a atenção e, especialmente a escuta humanizada às famílias enlutadas e aos pacientes no fim da vida (doentes e/ou idosos), objetivando proporcionar a melhor qualidade de vida possível.
Ora - se é natural morrer, porque não há de ser natural educar sobre e para a morte, falar da morte, própria e alheia, e ensinar (e aprender) a bem viver e a bem morrer? E, especialmente a AJUDAR nessa etapa?!
Dedico este meu trabalho à felicidade de minha mãe - a quem eu esperava ter a oportunidade de auxiliá-la no fim da vida - mas que partiu de súbito, jovem, bonita e cheia de energia e de amorosidade. "Que gere benefícios".